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V​é​spera

by Clã

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  • Compact Disc (CD) + Digital Album

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  • Record/Vinyl + Digital Album

    2ª EDIÇÃO ESPECIAL LIMITADA

    LP Colorido Opaque Grey, com booklet de 4 páginas com letras incluídas.

    Edição Limitada - 300 Unidades.


    Tracklist, LP
    A1. Sinais
    A2. Tempo-Espaço
    A3. Oh,não! Outra vez
    A4. Armário
    A5. Pensamentos Mágicos
    B1. A arte de faltar à escola
    B2. Dá o que tem
    B3. Jogos Florais
    B4. Tudo No Amor
    B5. Na Sombra

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  • Full Digital Discography

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  • EDIÇÃO ESPECIAL LIMITADA - Vinil Colorido - Opaque Bone
    Record/Vinyl + Digital Album

    EDIÇÃO ESPECIAL LIMITADA

    LP Colorido Opaque Bone, com booklet de 4 páginas com letras incluídas.

    Edição Limitada - 300 Unidades.


    Tracklist, LP
    A1. Sinais
    A2. Tempo-Espaço
    A3. Oh,não! Outra vez
    A4. Armário
    A5. Pensamentos Mágicos
    B1. A arte de faltar à escola
    B2. Dá o que tem
    B3. Jogos Florais
    B4. Tudo No Amor
    B5. Na Sombra

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    Sold Out

1.
Sinais 03:21
Ontem à noite A terra tremeu; Não foi notícia, Ninguém mais sentiu. Sombras sem dono Varreram o chão. Portas rangeram Pedindo atenção. Ninguém quis ouvir. E até ver Em cada sinal Há só resquícios de mim. Mas eu sei Que vou pontual, E este é o princípio do fim. É o começo do fim. Hoje nos ombros, No meu cabelo, Poisam gaivotas Pedem-me asilo. Brincam nos parques. Crianças com os pais. Nasceram grisalhas. Ninguém liga aos sinais! Ninguém lê os sinais! E até ver Em cada sinal Há só resquícios de mim. Mas só eu sei Que vou pontual, E este é o princípio do fim. E até ler A cena final Não vou saber ao que vim. Eu só sei Que estou pontual, E este é o princípio do fim. Eu sei que é o fim. O começo do fim. Eu sei que é o fim.
2.
Do tecto escuro do planetário Desce um pavor existencial Um desamparo tão primitivo Que me sinto suspensa num fio umbilical Se neste manto negro voo Para o infinito Se neste tempo-espaço sou Um cisco Se nesta esfera até a luz É em segunda mão Será que tudo é ilusão Ou existe? (É Ilusão ou não?) (Ilusão ou não?) E pela lente do telescópio Baixa uma angústia sideral Esta existência é tão diminuta Que me sinto esmagada no vácuo original Se neste manto negro voo Para o infinito Se neste tempo-espaço sou Um cisco Se nesta esfera até a luz É em segunda mão Será que tudo é ilusão Ou existe? (É Ilusão ou não?) (É Ilusão ou não?) Se no céu há mais estrelas Que areia no deserto Se é verdade o que nos diz Sagan E se o Sol que vejo ao longe É a que está mais perto Com que força me desperto Amanhã? (Quem sou eu, aqui?) (Ilusão ou não?) (Quem sou eu, aqui?) (É ilusão ou não?)
3.
Mesmo sem se dar por isso O passado vem a nós Tudo que era volta a isso O seu eco é sua voz Mesmo sem se dar por isso Tudo o que era volta a nós O passado faz por isso O seu eco é a nossa voz É a voz de quem espera Do futuro um presente mais justo Diferente A voz que ardeu a custo E tarde ou cedo vai dizer Liberdade Premente Oh não! Outra vez! Cumpridas guerras e fomes era o fim Oh não! era o fim A face enxuta O fim do filme E não na terra esta luta Mesmo sem se dar por isso O passado vem a nós Tudo que era volta a isso O seu eco é sua voz Mesmo sem se dar por isso Tudo o que era volta a nós O passado faz por isso O seu eco é a nossa voz Voz de quem vai ao fundo E vem à tona só por vir respirar Mais ar Um ar não contaminado Nunca é cedo, ainda é tarde E demora É agora Oh não! Outra vez! Cumpridas guerras e fomes era o fim Oh não! Pesadelo Há que vivê-lo por dentro E logo após desfazê-lo Sem se dar por isso O passado vem a nós Tudo que era volta a isso O seu eco é sua voz Sem se dar por isso Tudo o que era volta a nós O passado faz por isso O seu eco é a nossa voz Era uma vez O ser humano A ser extinto em cinzas Eram já muitos Somos já nada A ser desfeito em cinzas Cinzas, pó e nada E assim se faz noite e depois Assim se faz luz em faróis E assim mata a guerra entre dois E assim vive a paz entre sóis
4.
Armário 03:05
Eu vou no arrepio Eu vivo o desconforto Eu sinto o calafrio Pressinto o maremoto Eu falho sempre o tiro E digo que é por pouco Faço mira ao destino Mas do lugar do morto Isto é um ápice Isto é um triz E eu estive quase Pra ser feliz Hesito e não mergulho E o susto não me passa Eu já não tenho orgulho Mas prezo a carapaça É onda que recua É nuvem que ameaça Eu já nem saio à rua Com medo da desgraça Oh oh oh Dentro do meu armário não há verão Oh oh oh Eu sou como o canário Da mina de carvão Eu sinto falta de ar Eu tenho falta de ar As aves já não piam O calo já não sofre As folhas rodopiam E cheira a enxofre Eu sou um gato preto Eu nunca tenho sorte Faço secar o trevo Posso agoirar a morte É um ápice É um triz E eu estive quase Pra ser feliz Oh oh oh Aqui no meu armário não há verão Oh oh oh Eu sou como o canário Da mina de carvão Oh oh oh No escuro do armário não há verão Oh oh oh Eu sou como o canário Da mina de carvão Eu sinto falta de ar Preciso sair Eu tenho falta de ar Eu quero sair Não dá pra respirar Eu quero sair
5.
Presa nos limites Duma condição Dou passos em volta Como na prisão Cavar ou não o túnel Eis a questão Estudar a fuga Até à exaustão E olhar para mim A fugir, a fugir Ver em cada fenda A salvação Ver em cada cor Uma visão De cada silêncio Tirar uma lição Ouvir em cada nota Uma canção E dançar até cair Dançar e cair A sombra que há em mim Não conhece fronteiras A ave que há em mim Sobrevoa barreiras A força em mim Não conhece fronteiras A ave em mim Sobrevoa barreiras E voar Até escapar Ver em cada sombra Uma réplica de breu E ver em cada coisa Uma súplica de léu Ver em cada passo Um súbito apogeu E ver como o azul Se duplica no céu A sombra que há em mim Não conhece fronteiras A ave que há em mim Sobrevoa barreiras A força em mim Não conhece fronteiras A ave em mim Sobrevoa barreiras A força em mim Não tem fronteiras A ave em mim Não vê barreiras
6.
Não sentes tremer a terra Linguas de fogo e de gelo Não sentes que a luz te ferra Na nuca e no tornozelo?? Mas só os que ainda crescem Em massa desobedecem Tudo murcha tudo seca No dilúvio e na aridez Arde bosque e biblioteca Nunca mais era uma vez Greve humana Ilimitada Na velha escola Já não se aprende nada Mas só os que ainda crescem Em massa desobedecem Mas só quem está a crescer Se insurge contra o poder Ameaça de extinção Congestão no espaço aéreo Águas vão não voltam não Os mares viram cemitério Mas só os que ainda crescem Em massa desobedecem Mas só quem está a crescer Se insurge contra o poder Pára e pensa Pára e pensa Pára e pensa Pára e pensa Podres migrantes e párias Multidões de exilados Mil fronteiras mortuárias P’ra afastar indesejados Mas só os que ainda crescem Em massa desobedecem Mas só quem está a crescer Se insurge contra o poder
7.
beija o beijo peita o peito perna aperta braço abraça a pele impele o poro explora brecha abre coxa encaixa enrijece humedece enrijece humedece corpo a corpo (incorpora) pouco a pouco (se demora) fogo afaga (ar ofega) joga o jogo (pega esfrega) vê o que vem algo alguém sai de si fica aqui enrijece humedece enrijece humedece e dá o que tem e dá o que tem e dá o que tem e dá o que tem pra mim só dá o que tem só dá o que tem só dá o que tem pra mim (dá o que tem) pra mim (dá o que tem) (dá o que tem) dá o que tem vem e vai entra e sai lábio lambe segue o sangue sua o sal arde o sol de tão doce quase dói e dá o que tem e dá o que tem dá-me o que tem dá-me o que tem amor só dá o que tem só dá o que tem só dá o que tem amor (dá o que tem) amor (dá o que tem) pra mim (dá o que tem) amor (dá o que tem) só dá o que tem
8.
É um dom Esquecer o chumbo das palavras Quando alguém já as dourou. E é um dom Travar o revirar dos olhos Sempre que um verso é sobre amor Oh...versejar o amor. Se é ligeiro, Faz-se inteiro Dum vazio Que é loquaz. Mas, se é denso, Está propenso A dar estofo às coisas vãs. Quão rebuscado é o nosso amor? Oh, tão sincero e impostor. Menos, mais - o que é o melhor? Mil palavras por cada acção Pra o problema não ser de expressão. Prudência é um dom: Ter favos de reserva prá caneta Quando o mel Se acabou. E é um dom Descomplicar palavras-passe Se a contra-senha for de amor. Sim, decifrar o amor. Se o que penso Está por extenso Enobreço As pulsões. Mas glossários São grosseiros: Dão nudez aos corações. Quão rebuscado é o nosso amor? ...E eu pergunto Menos ou mais, o que é o melhor? De zero a dez, diz lá: Quão rebuscado é o nosso amor? Vem rabiscá-lo pra melhor. E a verdade fica Tão curta ao pé dum poema Tão curta ao pé dum poema de amor.
9.
Tudo no Amor 04:19
Tudo no amor Faz do nada um tudo O olhar mais agudo Navego Mas já que o amor é cego And love is a crazy game Por amor ceguei-me Cheguei-me De bengala branca Tacteei no escuro De bengala rosa Por amor procuro Uma flor secou E em botão renasce Será que traz veneno E a paixão desfaz-se Tudo no amor Vive com o fantasma Que viver em ti Ele é cego e vê E eu ceguei e vi É do amor a sombra E é da sombra a luz É da sombra o amor E é do amor a luz Se por paixão carrego O mundo todo às costas Diz-me só se queres Se gostas Gostarás de ti Ao gostares de mim? O abrir e fechar de olhos Traz outra cor aos olhos? Bebemos então Tão e tudo a isso Veneno e o seu contrário Por amor remisso Tudo no amor Vive com o fantasma Que viver em ti Ele é cego e vê E eu ceguei e vi É do amor a sombra E é da sombra a luz É da sombra o amor E é do amor a luz Tudo no amor É luz
10.
Na Sombra 02:26
Queima o meu corpo, o sol Rasgando o meu caixão Não doer é o que mais dói A quem já não dá uso Ao seu coração Voem as balas: são de prata É viver morto que me mata Na palidez onde moro Basta uma estaca E eu já coro Camuflado pelo escuro Tento escutar o amor A sua canção Quero decifrar os sons Mas só tem ritmo Quem tem pulsação Voem as balas: são de prata É viver morto que me mata Voem as balas: arma em riste Prova ao meu sangue Que ele existe Da palidez Não sei fugir Fere o meu peito E eu vou sorrir

about

Véspera é o nosso 9º album de estúdio, tem 10 novas canções e foi lançado no dia 22 de Maio de 2020.

credits

released May 22, 2020

Manuela Azevedo - voz, percussões e piano

Hélder Gonçalves - guitarras de 5 cordas, barítono, acústica e tenor, baixo, programações, teclados e voz

Miguel Ferreira - teclados e voz

Pedro Biscaia - teclados

Pedro Santos - baixo eléctrico

Pedro Oliveira - bateria

Participação especial:
Arnaldo Antunes - voz no tema A Arte de Faltar à Escola


Produzido por Hélder Gonçalves

Gravado por Nelson Carvalho n'O Nosso Gravador

Gravações adicionais por Hélder Gonçalves e Miguel Ferreira

Misturado por Nelson Carvalho, nos Estúdios Valentim de Carvalho

Masterizado por Andy VanDette, no Evolve Mastering, em Nova Iorque


Arranjo gráfico e ilustração - André da Loba



℗ © 2020 Clã, Lda

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Clã Porto, Portugal

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