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Corrente

by Clã

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1.
Outra Vez 02:54
Dizem pra te contentares Se um amor a vida traz Tanta gente sem nenhum Que é errado querer mais Não consigo ser assim Tanto amor que há pra gastar Se o romance acabar Numa próxima estação Eu sei que vou me apaixonar Sei que vou me apaixonar Outra vez Dizem que se terminou É porque não era amor Não me venham reclamar Que alguém sem par ficou Não prejudiquei ninguém Na matemática dos casais Se o romance não valeu No próximo verão Sei que vou me apaixonar Sei que vou me apaixonar Outra vez
2.
Se o amor faz sofrer Se a paixão faz doer O que o ódio fará? Não soube o que dizer Magoei sem querer Mas não queres perdoar Discutiste, insististe E pior, não me ouviste Nem me viste chorar E eu cedi, concordei, Admiti que errei Mas só queres guerrear E eu sei Não tem fim Não queres a paz que trago em mim Não, não... Argumentos que ferem Silêncios torturam Gestos são letais E afinal, pra quê mais? Concordar jamais Mesmo que eu diga sim E eu sei Não tem fim Não queres a paz que trago em mim Vi também Que a paz em ti Não fica bem Não, não... E eu vou Vou desandar daqui Antes que o céu decida Desabar sobre mim Eu sei Não tem fim Não queres a paz que trago em mim Vi também Que a paz em ti Não fica bem Não tem fim Tu não queres a paz que trago em mim Sei também Que a paz em ti não fica bem Não, não…
3.
Limpo as mãos Vou embora É outro dia A luta continua Lavo a chaga Purgo a dor Salto a cerca O luto continua Pinto os olhos Unto a pele Venho à tona A vida continua Mordo a rua Cuspo o fel Rompo o cerco A lama continua O circo continua A farsa continua Eu sei que algo vai mudar O jogo vira Custe o que custar Faz a mancha Cava a falta Esfrega a alma A lama continua Limpa a chaga Salga a dor salta a cerca A vida continua Limpa as mãos Vai embora É outro dia A luta continua Lava a chaga Purga a dor Salta a cerca A vida continua Eu sei que algo vai mudar O jogo vira Custe o que custar
4.
É curto o circuito entre o temporal e a calmaria acertei polos e pronto já positivei o dia Não dês o dito por não dito não sou o teu curto circuito Negativados sempre de apagão em apagão no entanto perto da lua nascer num só clarão Não dês vaidade ao positivo nem condescendência ao negativo Rasga a minha pele não me rasgues a pele cicatriza perto da energia incandescente do amor Não vale a pena tudo vale a pena diz o livro das tarefas da energia incandescente Tocas-me fundo e nisso é contínuo o desafio por ironia é chamado estático o arrepio Não dês potência a uma só luz nem te esvaias em tudo o que reluz Rasga a minha pele não me rasgues a pele cicatriza perto da energia incandescente do amor Não vale a pena tudo vale a pena diz o livro das tarefas da energia incandescente deste amor Não vale a pena tudo vale a pena diz o livro das tarefas da energia incandescente
5.
A Ver Se Sim 03:33
Como se, por fim, soubesse aquilo que do amor se faz — mas não sei bem. Nunca sei, visto que vagueio em vão, só no descrer me demoro — e se tu fores meu chão? Pois, tu és o que me dás aos dias; és o que cresceu em mim — e ando eu tão perdida, a ver se sim… Se o que sou se confunde com o que não dou, quem vai ser capaz de querer do amor solução? Tu. Tu, naquilo que dás aos dias, na soma do que és em mim com o que me traz perdida — a ver se sim.
6.
Basta 03:17
O estômago no coração Uma estrela pra pegar com a mão Mais um livro fora do lugar Um copo d’ água para transbordar Uma bússola em vez de relógio Uma festa depois do velório Um quilómetro ao redor de mim Toda a primavera um dia chega ao fim Mas eu sei Que aproveitarei E isso basta, basta Se é pouco O resto eu dou de troco E isso basta, basta Um botão pra desabotoar Uma boca para abocanhar Dez segundos para decidir Todo o mundo junto pra conseguir Um supermercado como labirinto Um olho fechado pra mostrar que minto Muita paciência para escutar Menos timidez para poder falar Mas de perto O que pegar eu aperto E isso basta, basta E de dentro O que não der eu invento E isso basta, basta Eu sei que aproveitarei E isso basta, basta O resto eu dou de troco E isso me basta, basta Basta Basta
7.
Outro Mundo 02:24
Toco ao de leve as dedadas cavo fundo as ossadas Tabuleta esqueleto num outro alfabeto Vais ter que vir doutra vida pra teres outras vidas de mim Vais ter que ser de outro mundo pra seres outro tanto de mim Eu preciso de uma prova concreta pra saber que vens de outro planeta Impressões digitadas ossaturas musculadas Um só objecto identifica quem se vai quem se fica Vais ter que vir doutra vida pra teres outras vidas de mim Vais ter que ser de outro mundo pra seres outro tanto de mim Eu preciso de uma prova concreta pra saber que vens de outro planeta Desvenda-me o código Desvenda-me o teu código / desvenda-me
8.
Zeitgeist 02:54
Vestes verde, que és campestre. Foste mestre de Feng Shui.
 Sempre te modernizaste: Tatuaste “Amor de pai”. É indigência chique; Um balde de água freak. Tão fora Que até chegas a ser homem.

 Vestes rosa se é de imprensa, Pensas que é só cor carmim. Sabes cem passos de dança. Estuporaste a MTV. Sem dó, sem fé, sem pressa: Lado negro da farsa. Tão brando Que até chegas a ser homem. Mas ouve o som! Ouve o som! Tocou o despertador.
 (És um tipo do teu tempo) O rei e senhor. (És do tipo do teu tempo) 
Ciber-agitador,
 (Mestre-sala do teu tempo) Vestes preto sem ser luto, Hoodies são os novos fraques. Animado anonimato:
 Quem vê caras vê Guy Fawks .

 Ouve o som! Ouve o som!
 (És um tipo do teu tempo) Mas põe-te a andar (És do tipo do teu tempo) Tu és o rei e senhor,
 (Mestre-sala do teu tempo) 
Mas já tocou. Ouve o som! Põe-te a andar.
9.
as ondas vêm as nuvens vão sem direção eticétera e tal tudo igual as horas vêm os dias vão na imensidão sem voltar pra trás tudo em paz no museu do mundo onde eu me perdi nesse lugar não há futuro onde chegar nem continuar nem morrer estamos sós nós dois a sós só tu e eu nessa solidão sem nos ver no museu do mundo onde eu me escondi restos mortais e animais em extinção rastos ancestrais pelo chão e nada mais só espirais de um furacão na respiração vêm e vão no museu do mundo onde estou, aqui
10.
Pôs-se a cantar O amor ao rio
 E este seguiu Sem replicar. Veio a resposta Em breve assobio, Que o vento trouxe Um travo a mar. E ela provou que ele Também está só: Foi de água doce, Mas amargou. Emudeceu Por estar sem rio. O olhar vazio, Voltou-se ao céu. Raio e trovão, Setas de cupido, Volveu paixão Quando choveu. Ela esticou-se e Molhou a mão. Era água doce; Fez-se em canção.
11.
Artesanato 02:53
O nosso amor está no lugar exacto artesanato de calor apurado Bicicleta em roda livre e secreta livre é a meta desta vida inexacta Setembro é mesmo o começo do ano sim, o vento mudou cai o pano Artesanato exercício de estilo intencionalmente tão perfeito e inexacto Matérias do corpo tão particularmente num pega e despega frequente Toca que toca Setembro é chegado sim, o vento mudou dá de lado Ai Ui Ei por onde é que andaste a subir escarpas e a descer ao regato Oi Ei Ai que falta me fez o teu artesanato Escultura pés de barro perenes por vocação tão espessos, tão ténues por intuição molda-se a mão à pele não sabe do amor quem só quer saber dele Folha caduca Setembro é chegado nunca varre o vento o passado Artesanato acto eléctrico acústico mesmo rústico se sofisticado Matérias do corpo tão particularmente num pega e despega frequente Ai Ui Ei por onde é que andaste a subir escarpas e a descer ao regato Oi Ei Ai que falta me fez o teu artesanato
12.
Também Sim 02:21
a menina do teu olho a ravina do teu rim a nudez de uma mão talvez não também sim és o sul do meu desnorte és a foz desta nascente és o mar que sobe à boca sê a porta do oriente a orelha o pulmão a garganta o joelho tu e eu grão a grão também sim talvez não és o sul do meu desnorte és a foz desta nascente és o mar que sobe à boca sê a porta do oriente ensina-me magia na aula de anatomia eu mesma sou lição cobaia por vocação o voo de asa cortada a dança no pé de vento o sopro do coração talvez sim também não és o sul do meu desnorte és a foz desta nascente és o mar que sobe à boca sê a porta do oriente
13.
cada bola cada bala mata um lei da selva lei da escola rei do pim pam pum ó setora o meu pai ensinou-me assim de pequenino se traça o destino de pequenino se faz o assassino cada fala cada faca mata um lei do sangue lei do medo rei do pim pam pum ó setora o papá é igual a mim de pequenino se traça o destino de pequenino se faz o assassino de pequenino se aceita o destino de pequenino se faz o assassino ó setora quem mais chora menos mija era o que dizia a minha avó mãe do meu pai a cota e a cota sabia-a toda seja como for sejas tu quem fores o mundo é dos fortes está ver a cena a cores se a alma não é pequena dez no focinho noves fora um herói estamos todos fodidos e mal pagos a senhora também não é setora? mas a gente sabe da poda da ganda foda e a senhora não que se lixe bué da fixe os alunos saberem mais que a professora é só uma conta de subtrair e não vale trair que a setora tem quatro pneus e não há air bag que lhe valha de pequenino se traça o destino de pequenino se faz o assassino de pequenino se aceita o destino de pequenino se faz o assassino
14.
Vai cometa Exorbitando Teu cabelo esvoaçando Juba gelo No trapézio É lantejoula Desfolhando-se em confetti Longe Vaga-lume solitário Longe Dança corpo Flor celeste No berçário Das estrelas E eu menina Beijo o céu com os olhos Presa à terra pelo pés Juntos E penteio a tua crina Juntos A nossa sina é ser Resina de estrela é quase Quase, quase um quasar Que anima O coração do espaço

credits

released March 24, 2014

Manuela Azevedo - voz e percussão

Hélder Gonçalves - transbaixos, guitarras acústica, tenor, 5 cordas e barítono, ukulele e voz

Miguel Ferreira + Pedro Biscaia - piano, Rhodes, órgão, sintetizadores e voz

Pedro Rito - baixo eléctrico

Fernando Gonçalves - bateria e percussão

Norbert Steinke - voz no poema Herbsttag de Rainer Maria Rilke, na canção Quase um Quasar


Produzido por Hélder Gonçalves

Gravado por Hélder Gonçalves e Nélson Carvalho n' O Nosso Gravador

Misturado por Darrell Thorp, no 101Recordings, Los Angeles

Masterizado por David Ives, no 101 Mastering, Los Angeles



℗ © 2014 Clã, Lda

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Clã Porto, Portugal

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